top of page

Ações

Medeia e suas margens

 

Projeto em desenvolvimento- 2017,2018 e 2019.

2016

Derivas Afetivas e Cartografias da Cidade

 

Setembro a Dezembro de 2016

“Eu sentia, ao caminhar, a cada passo uma nova constelação: antigos elementos desaparecendo; outros surgindo; muitas figuras.”Walter Benjamin

 

   A partir do final de setembro de 2016 o projeto Zonas de Contato iniciou uma pesquisa de derivas afetivas e construção de cartografias da cidade. Sob a orientação das professoras Denise Espírito Santo e Isabel Carneiro, as bolsistas Diana Magalhães, Giselle Magioli e Isabel Oliveira fizeram registros escritos e audiovisuais de trajetos na Tijuca e em Santa Cruz (escolhidos por Diana Magalhães e Isabel Oliveira respectivamente). As percepções feitas na rua foram acompanhadas e complementadas pela leitura de textos que abordavam as questões do corpo e cidade.

   As derivas na Tijuca- lugar afetivo das travessias de Diana, e a deriva em Santa Cruz da Isabel Oliveira nos fez buscarmos outros saberes ao mapearmos esses territórios e ressignificá-los. A conceituação de deriva surge do movimento Situacionista de 1968, quanto o grupo propunha fazer caminhadas que não tivessem um objetivo pré-estabelecido. O que a deriva proporcionada era sair dos trajetos comuns, tencionar a cidade turística, assim como questionar a arquitetura funcionalista, sair do fluxo comum da cidade, promover deambulações. Um conceito importante surgido nessa época é o de psicogeografia, que utilizamos nas nossas caminhadas. Psicogeográfico é o que manifesta a ação direta do meio geográfico sobre a afetividade. O procedimento psicográfico de Guy Debord estudava os efeitos do ambiente geográfico, conscientemente organizado ou não, nas emoções, maneiras, nos comportamentos, modos de ação, procedimentos e condutas, e atos de um indivíduo. A psicogeografia seria então uma geografia afetiva, subjetiva, que buscava cartografar as diferentes ambiências psíquicas provocadas basicamente pelas deambulações urbanas. E foi nesse sentido que propusemos as derivas na Tijuca e em Santa Cruz.

 

Ver mais em "Publicações"

2015

 

 

Seminário Arte e Loucura

 

06.07.15 até 31.08.15

 

O Seminário Arte e Loucura é uma parceria entre o Instituto de Artes e a Unidade Docente-Assistencial de Psiquiatria do Hospital Universitário Pedro Ernesto. Serão cinco encontros, cada um deles com a exibição de um curta que tenha relação com o tema central, seguido por uma mesa de discussão.

 

"Arte e loucura. Pensar em temas tão aparentemente antitéticos, neste 4º módulo, agora com a colaboração do Instituto de Artes, da UERJ, instiga os trabalhos da Unidade Docente Assistencial – Psiquiatria – do HUPE, no intuito de ampliar os conhecimentos da ciência psiquiátrica além dos seus manuais e das “bulas” estatístico-diagnósticas do Código Internacional de Doenças (CID) e do Diagnostic and Statistical Manual of Mental Discorders (DSM). Talvez dentre os questionamentos já levantados até agora, para um maior conhecimento da psique humana, os relacionados entre a arte e a loucura tem o mérito de tratar daquilo que é considerado o mais sublime, a arte, como atividade humanizadora por excelência, como queria Marx, e do que era tido como mais abjeto, a loucura, como a degeneração do homem, na visão da psiquiatria clássica ou, ainda, como distúrbios inconscientes, no pensar de Freud.

Essa dualidade – arte e loucura -, apesar de ser objeto da especulação ao longo tempo de filósofos, psiquiatras, estetas, longe de estar esgotada, continua a suscitar um interesse cada vez maior na contemporaneidade. Questões ainda de inegável relevância, impõem-se: o que dizer, por exemplo, das produções plásticas e literárias de pessoas diagnosticadas como doentes mentais? Podem ser consideradas obras de arte? Seres “degenerados” podem criar algo que seria a expressão mais elevada da autorrealização do homem? Partindo do pressuposto que tanto o conceito de arte como o de doença mental não são unívocos abrem-se inúmeras possibilidades para cobrir o fosso entre essas experiências do existir humano como já apontadas por Schopenhauer, Kant, Freud, Nise da Silveira.

Desta forma, convidamos todos a vir pensar conosco estas questões que fazem parte do nosso cotidiano e, ao mesmo tempo, são da ordem do inefável. Até breve!"

 

Agilberto Calaça 

 

 

 

 

 

 

Exposição: Fernando Diniz - Desenhando tanta coisa vai se descobrindo tudo...

 

02.07.15 até 19.08.15

 

OS FAMOSOS VESTIBULARES DE FERNANDO DINIZ

 

“A realidade é esta folha

Este banco esta árvore

Esta terra

É este prédio de dois andares

Estas roupas estendidas na muralha.”

Stela do Patrocínio

O reino dos bichos e dos animais é o meu nome

 

Desenhando tanta coisa, vai se descobrindo tudo... é o nome da exposição que o Instituto de Artes da UERJ, o Museu de Imagens do Inconsciente e o Departamento Cultural da Sub-Reitoria de Extensão e Cultura da UERJ têm o prazer de apresentar na simpática galeria Candido Portinari neste outono de 2015.1 Chego até Fernando Diniz e ao seu fabuloso universo das imagens, através da poesia de Stela do Patrocínio – mulher, negra que mais parecia uma rainha que, de posse de um pequeno gravador e algumas fitas cassetes, deixou impressas no ar rarefeito da Colônia Juliano Moreira as vozes de sua poesia singular – obra testemunho marcada pela experiência do choque e da loucura, que logrou reencarnar aquela dimensão ancestral da poesia como obra de arte performativa, poesia que dinamiza no presente as potências vocais da humanidade do passado.

E o que poderíamos aqui aludir do aparente elo comunal/espiritual entre Fernando Diniz, o artista que por anos foi delicadamente gestado nos ateliês, pátios e galerias de um outro ambiente asilar, neste caso, o Centro Psiquiátrico Pedro II no Engenho de Dentro, com Stela do Patrocínio, interna por quase quatro décadas na Colônia Juliano Moreira, senão uma experiência singular com os terreiros da criação e a profusão de obras artísticas que diferem do “normativo” e alcançam a profundidade e a abertura sui-generis que os “diferentes estados do ser” motivam, secretam e/ou inspiram. Aprendemos com a Dra. Nise da Silveira, pioneira escafandrista na arte de mergulhar fundo nas imagens do inconsciente de seus “clientes”, que as composições seriais como as mandalas, as cores expressivas e latentes transplantadas para telas e desenhos, as formas abstratas e figurativas, comunicam sobre o poder curativo da arte. Na sua capacidade inconteste de perfurar as camadas epidérmicas do real, as produções plásticas dos “clientes” de Dra. Nise, laboriosamente encarnadas nos ateliês do hospital, teriam um poder transcendente de reorganizar o ego cindido e a psique fraturada: “...a criatividade reúne em si várias funções psicológicas importantes para a reestruturação da psique. O que cura, fundamentalmente, é o estímulo à criatividade”, nas palavras da Dra. Nise Silveira.

Não fosse essa expansão do sujeito compositor que habita todos e qualquer um de nós, possibilitando aberturas inigualáveis e marcantes para as trajetórias de Fernando Diniz e de Stela do Patrocínio, mas que arrebataria também a existência de um outro artista genial, Arthur Bispo do Rosário, poderíamos aqui evocar as palavras de Derrida quando se debruça sobre a obra de Artaud, inclinando-se a pensar sobre esta “palavra soprada” que se manifesta no cerne de uma obra em constante aventura; esta obra “vem testemunhar, em exemplo, em martírio... uma estrutura cuja permanência essencial se procura em primeiro lugar decifrar.”

Ver mais em "Publicações"

 

 

Lançamento do livro  "Zonas de Contato: Usos e abusos de uma estética do corpo" 

 

5.11.14 às 19:30h no COART

 

   "Há muito tempo a produção artística cansou-se de critérios e orientações externas aos seus corpos. Há muito tempo os processos pedagógicos, os procedimentos didáticos também manifestam exaustão em relação às condições criadas fora dos seus corpos e acontecimento. Políticas educacionais aqui se aproximam e assemelham aos critérios de legitimação artística oriundos de um sistema mais fraterno ao mercado que sensível à poética.

   Contudo, nesse plano de exaustão notável fertilidade acontece. Em outros termos, do cansaço decorrente do enfrentamento contínuo às programações políticas e mercadológicas - inevitáveis e oportunas iniciativas no campo das artes e da educação, ambas compromissadas com a formação humana em sintonia com a atualidade local, global e seus atravessamentos - formulam dinâmica tão indisciplinada quanto espontânea e retomam territórios interditados, desfazem fronteiras e assumem complexidades marginalizadas ou negadas.

   Complexidades evidenciadas, por exemplo, nas relações e amálgamas entre a ação de criar arte e a autopoiesis dos seres humanos meio aos espaços, tempos e narrativas de função e forma tanto poética quanto epistêmica. Atos poéticos que evidenciam o corpo encarnado como suporte, forma e conteúdo estéticos e fonte de saberes sempre partilháveis, sempre produto de diferenças e transformáveis em função do alcance sempre maior e coletivo.

   Essas ponderações buscam alcançar um pouco da grandeza e amplitude da obra multifacetada que é o projeto Zonas de Contato, aqui realizado em livro. Zonas de Contato, por meio de experiências diversas e interconectadas, expõe a potência do corpo evitado e muito negado nas edições autorizadas ao longo da história hegemônica da arte. O corpo que em sua ação poética se arremessa contra todos os sistemas e forças políticas que pretendam colonizá-lo e negar ou abrandar a sua potência maior que reside na epiderme coletiva.

   Organismo que ferido pelas exclusões e demais aviltamentos de ordem individualizante, tatua denúncias na face dos individualistas e ilumina os corpos sensuais na exuberância dos coletivos. Zonas de Contato, entre tantas forças, encanta com a ativação da memória de que todo corpo é inexoravelmente epiderme coletiva e patrimônio coletivo. Noção eclipsada, mas, não destruída, pela imposição de categorias adversas à autonomia da carne e do desejo, como o gênero, o bem, o mal, o centro, a periferia, etc.. E é na linguagem artística da performance, força e plataforma de projeção poética das Zonas de Contato, que a blindagem da representação se dilui e os planos existenciais se enredam em acontecimentos artísticos em eloquente diálogo com os tempos de agora."

Aldo Victório 

 
 
 
2014
Colóquio Internacional Performa(ti)cidades
24 a 26 de Setembro de 2014

   O Colóquio Internacional Performa(ti)Cidades que se realizará no Instituto de Artes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro entre os dias 24, 25 e 26 de setembro de 2014, pretende reunir um grupo de professores, artistas-pesquisadores, estudantes da graduação e pós-graduação com atuações nas áreas da dança, do teatro, da performance, das artes visuais, da filosofia, da comunicação e educação, para apresentação de trabalhos que tenham como foco o tema do corpo/cidade/performatividade.

   Pensado como lugar de encontros, de intercâmbios e produção de saberes em rede, o colóquio constitui alguns dos desdobramentos do projeto Zonas de Contato, que se constitui de um programa de residência artística e de intercâmbio cultural voltado para o fortalecimento das pesquisas e produções artísticas de grupos e coletivos da cidade do Rio de Janeiro e do interior do estado. O projeto Zonas de Contato iniciou-se em 2011 vinculado ao projeto de extensão Palco em Debate, do Instituto de Artes da UERJ mas, foi a partir de 2012 com o apoio da FAPERJ que o projeto ampliou sua rede de parcerias, proporcionando novas discussões acerca das relações entre arte, cidade e corpografias urbanas, que resultaram na criação de performances e de experimentos cênicos em diferentes sítios e espaços das cidades.

   O colóquio será organizado em mesas redondas, encontros com os grupos e coletivos convidados, exposição, intervenções e performances. O colóquio deseja ainda traduzir os referenciais estéticos, políticos, éticos e pedagógicos que permeiam produções inscritas numa perspectiva híbrida e concorrem para estimular o pensamento acerca do corpo (cotidiano, vibrátil, performático, extracotidiano) com a/na cidade.

 

saiba mais em performacidades.wix.com/performaticidades

Oficina Cicatrizes Urbanas com Eloísa Brantes
23 e 24, 30 e 31 de Agosto de 2014

Oficina de performance-intervenção explora lugares, sinais e traços de cicatrizes urbanas, utilizando instalações plásticas e movimentos corporais. A partir da coleta de relatos pessoais, vivências e imagens da cidade, fornecidas pelos participantes, será realizada uma performance de intervenção em espaços públicos de Paraíba do Sul.  Através da noção de cicatriz urbana como fenda, fronteira, delimitação, traço de violência, marca de acidente, resquício de feridas, corte territorial, segregação social, a performance será vista como campo de convergência corpo-cidade. Processos de fragmentação, esquecimento e recomposição de memórias pessoais e coletivas da cidade Paraíba do Sul serão propostos como matéria de criação em performance-intervenção urbana. 

 

Oficina Corpo/Cidade com Denise Espírito Santo
01 e 03, 09 e 10, 16 e 17 de Agosto de 2014

O que pode um corpo quando acionado por suas memórias pessoais e coletivas? Como impregnar-se destas informações de um modo seletivo e consciente, visando depurar uma expressividade não cotidiana e com isso alcançar o insólito e o incomum? A oficina com o Grupo Código dentro do projeto Zonas de Contato, pretende investigar processos de composição para atores/performers que ativem essas presenças pessoais e coletivas em sua direta relação com a cidade, impregnando-a de suas memórias, suas histórias e relatos pessoais.

 

 
 
 
 
 
 
2013
Oficina Corpo, Dança e Imagens: diálogos
com Carmen Luz
06, 07 e 08, 13, 14 e 15 de Junho de 2014

 

É uma oficina de criação em dança contemporânea com vistas à apresentação pública, na cidade de Volta Redonda, de uma obra cênica resultante do exercício de articulação entre diferentes saberes e meios: corpo e máquina, racismo ambiental e artes visuais, dramaturgia e arquitetura, por exemplo.

 

Oficina com Davi Cunha
Segundo semestre de 2013

       Durante o segundo semestre de 2013, por três meses, o projeto Zonas de Contato participou da oficina ministrada por Davi Cunha e pode experienciar um processo de treinamento corporal, cujo verdadeiro conhecimento é adquirido pelo fazer artístico e não por meio de ideias e teorias.

         Davi se dedicou aos estudos de técnicas corporais e vocais do Teatro Laboratório de Grotowski, quando esteve em contato com o diretor do Teatro VaraSanta da Colômbia, Fernando Montes, sendo ele ex-integrante do último grupo formado por Jerzy Grotowski. Os integrantes do projeto Zonas de Contato, formado por estudantes do curso de artes visuais do Instituto de Artes da UERJ, tiveram a oportunidade de vivenciar parte desses ensinamentos, de forma adaptada às possibilidades do grupo que acabava de receber novos colaboradores e estava em busca da pesquisa corporal individual, que servisse a criação de um corpo-coletivo e um projeto coletivo.

       Exercícios corporais e vocais que tinham como objetivo libertar os corpos das amarras cotidianas e conduzir os participantes ao conhecimento a partir do fazer foram realizados e diversos fundamentos como o equilíbrio, o ritmo, a precisão, a capacidade de reação passaram a ser pesquisados pelo grupo. Cada participante foi incentivado a elaborar partituras corporais motivadas por textos de livre escolha e por estímulos diversos fornecidos por Davi, que resultaram em escritas corporais aprimoradas ao longo da oficina.

       Os integrantes do Zona de Contato realizaram, ainda, trabalhos no sentido de estabelecer interlocuções entre suas escritas corporais e, no final, inseriram o texto que, a princípio, foi o motivador das partituras.

     A experiência conectou o grupo e ofereceu um caminho de treinamento, autoconhecimento corporal e diálogo entre os artistas-pesquisadores que, certamente, servirá de base a novas criações.


 

Oficina com Renato Ferracini
10, 11 e 12 de Setembro de 2013

 

Com uma importante contribuição para os estudos sobre a arte do ator e de suas dramaturgias, Ferracini irá ministrar uma oficina no Laboratório de Artes Cênicas da COART/UERJ, nos dias 10 e 11 de setembro de 2012. A oficina acontece dentro do projeto Zona de Contato, que aposta numa interlocução com grupos e coletivos de teatro da cidade e do interior do estado do Rio de Janeiro. O projeto Zona de Contato afina-se como uma proposta de formação artística e de intercâmbio cultural voltada para o fortalecimento das pesquisas artísticas que fundamentam o trabalho de atores, bailarinos, diretores, coreógrafos, pesquisadores e estudantes de teatro. Vem se dando na forma de residência artística e de intercâmbio cultural com o objetivo de contribuir para a criação de redes grupais, que fomente tanto a formação em seus aspectos técnicos, quanto em termos dos fundamentos teóricos relativos ao trabalho com as artes cênicas. Encontros de formação, espaço de convergência para todo tipo de troca – de idéias, de programas de treinamento para atores e/ou bailarinos, de criações cênicas, de referências teóricas e artísticas, o projeto vem contribuindo para criar no campus da UERJ um fórum privilegiado sobre a arte do ator/performer/bailarino e suas dramaturgias, além de voltar-se para um pensamento sobre as interfaces que o teatro e a dança vêem produzindo com outras linguagens artísticas, como será o caso, das artes visuais, da performance, do cinema e audiovisual.

2012
Oficina com Eloísa Brantes
30 de Novembro a 2 de Dezembro de 2012
Oficina com Carmen Luz
19 a 21 de Outubro de 2012
Oficina com Norberto Presta
24 de Maio de 2012 ás 18h 

 

Oficina com o ator e diretor Norberto Presta, 


No dia 24, a partir das 18 horas no Auditório do IArt,  Debate com a participação da diretora Vilma Mello, Denise Espírito Santo e Gilson Motta.

 

bottom of page