Principais ações do projeto

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1. Zonas de Contato:

    Como principal ação do projeto de extensão Palco em Debate, o programa Zonas de Contato elege Medeia como eixo temático de um processo de criação teatral que prioriza o debate sobre a violência de gênero e o feminicídio no Brasil e na América Latina. Um assunto delicado e bastante negligenciado no contexto desse Brasil que arde e sangra; violência de gênero e feminicídio que esbarram ainda numa espécie de violência estrutural que rege nossas sociedades sexistas, racistas, coloniais e misóginas. A montagem de As margens com Medeia aposta numa discussão sobre a gênese desta violência estrutural que estaria na base de processos (in)civilizatórios seculares, que revelaria ainda um ethos humano sob o emblema das forças que se antagonizam e se complementam, por assim dizer, a natureza da cultura e da barbárie. Por outra lado, a montagem investiga diferentes concepções de um teatro que acena para o “desfronteiramento” de linguagens – do teatro, da performance, da dança, das artes visuais e do ativismo social.

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2. Corpo Cidade – pesquisa:

    Ao ressaltar a potência do corpo como instância de produção epistêmica e enquanto “máquina de realização pedagógica”, nos interessa pensar o corpo no tecido material/imaterial da cidade, em atuações que sem escapar do inescapável cotidiano oferece experiências que contrastam com a aparente repetição das imagens do dia a dia. Apostamos nas experiências performáticas como militância poética favorável a aprendizagens em sintonia com a atualidade da cidade e de suas mecânicas e mecanismos dentre os quais está a instituição escolar que, nos parece, reclama o corpo que lhe dá carne e sentido cotidiano, mas ainda figura quase apagado na oficialidade dos currículos. Recorremos neste trabalho a imagens tanto de performances públicas criadas para tal fim, ou seja, enquanto experimento artístico que configura investigação de atores/atrizes/performers de grupos e coletivos oriundos de algumas regiões de periferia da cidade do Rio de Janeiro, buscando reiterar o debate mais que fundamental sobre o direito à cidade: modos de pertencer/ser pertencido assim como quem autoriza/quem está autorizado a nela pertencer.